quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Na terra do Drácula

Antes de mais tem sido complicado escrever por duas razões: uma porque o meu "computador" de vez em quando decide que também tem saudades de casa e o teclado deixa de funcionar vai se lá saber porque; segunda porque ando bastante preguiçosa para escrever. Manter o blog é um grande desafio porque escrever nunca foi o meu forte e sou demasiado preguiçosa.... Mas deixo aqui a promessa de escrever no mínimo duas vezes por semana, PALAVRA DE JOANA OLIVEIRA! 

Sighișoara

No passado fim de semana fomos fazer a nossa primeira viagem por terras Romanas. Em Bucareste (no nosso arrival training em setembro), conhecemos outros voluntários hospedados noutras localidades e o fim de semana passado fizemos a nossa primeira visita a esta cidade. 
Não posso começar a falar da cidade sem falar da minha alucinante viagem até Sighișoara,
Começa então com o meu pavor a andar de autocarro (uma longa e triste historia) que faz com que ao contrario do resto da segunda família eu vá de comboio sozinha, numa viagem de 4h. Até aqui nada de novo, visto que na Roménia viajar para onde quer que seja é sempre uma eternidade de comboio, não só porque grande parte dos comboios são do tempo do comunismo assim como as linhas, fazendo com que não se possa andar muito depressa. À hora do comboio lá estava eu na estação. Encontrar a carruagem foi o 1º desafio pois tinham grandes números pintados nas carruagens, mas nenhum era o que vinha no meu bilhete. Depois de andar para trás e para a frente desisti e pedi ajuda. Ora o número estava escrito num pedacinho de papel que estava colado numa das janelas das portas de uma das carruagens: como é que não reparaste Joana???!!! 😑  Assim que entrei apercebi-me logo que não ia ser uma viagem de sonhos.
Este minúsculo espaço para 8 pessoas! Sim oito pessoas super apertadas dentro desta cabine, onde não podemos esticar os pés se não damos um pontapé à pessoa à nossa frente, não podemos mexer muito para não apertar as pessoas que estão ao nosso lado....e para agravar, 8 pessoas dentro de uma cabine, onde só existe uma porta e que para esta ser aberta e passar ar (sim, porque como deve imaginar o cheiro a pessoas é bastante forte) todos têm de concordar a sua abertura e o seu fecho. Depois de me sentar, super apertada entre dois senhores, começou então a viagem que inicialmente era de 4h mas depressa passou para quase 5h e pouco uma vez que para não variar o comboio atrasou! 
Passando as coisas mais bonitas e arejadas.....
É uma cidade pequena, com um encanto fantástico, não só por ser a terra onde nasceu Vlad Țepeș, conhecido entre os amigos por Drácula, mas também por ser a única cidade medieval habitada na Roménia. Foi fundada por colonistas saxões o que faz com que aqui habitem muitos alemães e que a cidade tenha dois nomes: Sighișoara em Romeno e Schäßburg em alemão. Tudo aqui tem dois nomes, um em romeno e outro em alemão. Todos os que aqui vivem orgulham-se bastante da sua cidade e falam dela sempre com um grande sorriso. Um dos ponto altos (no real sentido da palavra) desta visita foi a Turnul cu Ceas (torre do relógio). A vista sobre a cidade é fabulosa e em cada canto existe uma placa com o nome de algumas cidades assim como a sua distância desde esse ponto (por exemplo Paris, Viena, Budapeste, Polo Norte, Polo Sul). Descendo novamente, cor é algo que não falta nesta pequena cidade. São poucas as casas pintadas de branco. Aqui reina o cor de rosa, amarelo e verde. Ao caminhar pelas ruas estreitas, onde a calçada cobre todo o chão do centro histórico, recordei todas as vezes que em pequena ia passear nas nossas pintorescas vilas e aldeias em Portugal.  Foi um fim de semana bastante nostálgico, porque aqui encontrei um pouquinho de casa. 










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